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Foto: Zhenya Tereschenko |
Entro sedutora com o meu andar bamboleante e sensual,
com os cabelos soltos esvoaçando e libertando sensualidade e deslizo esguia tecendo
linhas como um traço de néon rasgando a noite.
O meu odor de almíscar, cravo e canela, invade
embriagante a atmosfera, que crepita magicamente com a tua presença. Uma áurea eléctrica
envolve-te, soltando chispas contra o fundo escuro na obscuridade da noite que
enche este momento.
O teu corpo percorre o espaço que nos separa. Os teus
lábios, sangram prazer e nos teus olhos arde a chama do desejo incontido há
tanto tempo esquecido.
Os teus demónios mais loucos e urgentes tomam conta de
ti. Avanças decidido para mim e entregas-te num abraço eloquente. Num sufoco, tomas
conta da minha boca.
As tuas pernas, trancam-se firmemente à minha volta e
os teus braços envolvem-me como tentáculos de um polvo. Colas-te a mim e sugas-me
avidamente o ar que mal respiro. Cravas as tuas unhas nas minhas costas rasgando-me
a carne que me faz soltar um uivo misto desejo, dor e prazer…
Olho para ti…os teus olhos se semicerram e a tua
respiração ofega. O teu coração e o teu sangue correm à desfilada como cavalos
selvagens à solta num prado correndo para o pôr do sol.
As minhas mãos sobem corpo acima sentindo o teu cabelo
que de imediato fica despenteado depois vou descendo e vou-te mordiscando e
cheirando. Torno a subir…presenteando-te com a minha língua invadindo a tua
boca com sofreguidão.
A nossa saliva gera sensações, sabores afrodisíacos, embriagando
nossos sentidos, mergulhando-nos num redemoinho de desejos e volúpia ilimitados
e insustentáveis.
Não há mais barreiras físicas, que possam conter o
fogo vulcânico que surge de dentro de nós.
Como a lava procura a atmosfera, procuras-me o sexo, que
pulsa ao rubro escorrendo lava, quente e fervente.
Despes-me selvagemente
a lingerie que ainda cobria o meu corpo enquanto as minhas mãos procuram o
troféu que tanto desejo e que afinal há tanto espera por mim…
Ao sentir a tua arma de fogo trespassando-me e encharcando-me
toda, fico como que um vulcão em erupção e os nossos corpos mergulham
avidamente um no outro sem controle, num ritmo alucinante como dois loucos
dominados por mil demónios que correm à solta dentro de nós.
Como doidos varridos gritamos, urramos de prazer, cuspindo
como dragões, fogo e mais fogo… o suor que nos encharca escorre incontido pelos
nossos corpos envolvidos na mais louca das lutas sem regras e sem limites numa
revolta e convulsão e explodimos... uma, duas, três… dez, cem, mil.
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Foto: Stefan Beutler |
Assim mil milhões de estrelas surgem do nada que se
transforma em tudo. Supernovas, criando universos em explosões que rasgam para
sempre a existência.
Caímos então
agarrados e molhados, quentes, saciados, sem forças, colados um ao outro nesta
fusão que nos tornou Num Só.
[A.Braga]
Boa tarde. o intenso amor provoca coisa únicas e lindas.
ResponderEliminarAG
não. será mais paixão. :)
Eliminarbj
Obrigado A.Braga!
ResponderEliminarUm ABRAÇO!
Heduardo
Heduardo,
Eliminarhá mto tempo que admiro a tua arte nas palavras que escreves.
bjs
Belo/intenso/sensual/deliciosamente excitante!
ResponderEliminarCada palavra é uma ardente carícia escorrendo insana sobre a pele. Um doce tesão! Irresistivel!
Beijos... Beijosss
AL
Al,
Eliminareu gosto desse género de escrita mas preciso de alguém que me inspire.
gosto também de palavras mais leves o que não é o caso dessa fantasia.
obrigada pela visita e pelas tuas palavras.
:)
bjs